Recentemente tivemos a reunião de fundação movimento pela SOBERANIA DIGITAL realizado dia 12 de dezembro em formato online, tivemos o prazer de participar (segundo evento representando o PROJETO DE PONTAO DE CULTURA VIVA REDE AJURICABA, como coordenador de transmidia) desse encontro que reuniu a velha guarda do movimento do software livre, para quem deseja participar e saber mais deixo o link: https://soberania.digital/
Mas o objetivo dessa postagem é deixar aqui registrado algumas anotações que fiz para a reunião e que preciso externar. Serão publicadas de forma crua como anotei e depois volto em outras postagens para tentar aprofundar essas notas.
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Termo: SOBERANIA
Jean Bodin (1530-1596), soberania refere-se à entidade que não conhece superior na ordem externa nem igual na ordem interna. Nas estritas palavras do renascentista francês, "a soberania é o poder absoluto e perpétuo de um Estado-Nação".
Rousseu. Soberania era popular, do povo. (liberal burgues)
Marx. Soberania é ligada ao conceito de estado como uma instituição que reflete e serve aos interesses da classe dominante em uma determinada sociedade. é do proletariado, daqueles que trabalham e produzem, em última instância, servia para manter a ordem social existente, proteger a propriedade privada e garantir a reprodução das condições de produção capitalistas que na fase imperalista serve para manter as relações de dependência entre os estados (centro e metropole), e as classes sociais (burgueses e proletarios). A soberania tem que ser da classe que trabalha e produz.
Não existe soberania digital com colonialismo digital.
Agora soberania sempre foi aplicada em termos de estado, pais, pois trata-se de um termo de origem geopolítica, por isso convém perguntar de que SOBERANIA falamos nós aqui? Estamos discutindo uma estratégia nacional?
Nao existe soberania sem acesso, sem solidariedade orgânicas, sem redes comunitárias, sem ciência e tecnologias (abertas), sem sabedoria popular, sem uma inteligência coletiva orgânica.
Produzir tecnologia, mas como produzir, pra que e pra quem?
Então não basta pensar em soberania digital em termos da nacao burguesa e capitalista, tem que se pensar numa SOBERANIA DIGITAL PERIFERICA e no nosso caso amazônida, que é uma soberania digital classista.
A noção de soberania digital periférica, considerando uma perspectiva classista, pode ser entendida como a busca por autonomia e controle sobre os meios digitais por parte de comunidades ou países que historicamente podem ter sido marginalizados ou explorados.
Os financiamentos para governos e entes publicos estabelecem colonialismo tecnológico
Infraestrtura de comunicacao (150 milhoes no zap)
PSOL em Belem levando para as escolas publicas as ferramentas da microsoft por exemplo.
CONCEITOS PARA APROFUNDAR:
Colonialismo de dados
Capitalismo de plataforma
Capitalismo de vigilância
Autodeterminação digital
ENVOLVIMENTO DIGITAL